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Tradicional Festa Italiana de Canas tem programação definida

A Festa Italiana de Canas faz parte do calendário municipal de eventos da cidade, recebendo cerca de 20 mil visitantes durante os 4 dias de festa.

• Publicado em 08/07/2023
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• Última atualização: 08/07/2023

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Tradicional Festa Italiana de Canas tem programação definida

A Festa Italiana de Canas é realizada anualmente no mês de julho e celebra a chegada dos primeiros imigrantes italianos em 1887.

A culinária típica italiana é a principal atração da festa, reunindo restaurantes de renomes da região. Além disso, acontecem shows no palco principal e apresentação de danças típicas.

O Grupo Di Veneto e o Saxofonista Isaías Santana farão apresentações todos os dias no palco principal, a partir das 19h. Os show principais estão previstos para às 20h.

No sábado e domingo terá o almoço, a partir das 12h, também com shows e apresentações ao vivo.

A Festa Italiana de Canas acontece entre os dias 27 de 30 de julho no Espaço Cultural Cerâmica Benedito Romualdo Zanin, no centro da cidade.

A festa é aberta ao público com estacionamento gratuito no local, mas é bom chegar cedo para encontrar uma vaga.

Programação

• 27 de julho
• 20h- Tony Angeli
• 28 de julho
• 19h - Banda Felice Itália
• 20h - Três Tenores
• 29 de julho
• 12h (Almoço) - Renato Gabiani
• 20h (Baile) - Banda Via Roma
• 30 de julho
• 12h (Almoço) - Banda Via Roma
• 20h - Ricardo Bombarda

A chegada da colônia Italiana

Em 28 de junho de 1887 chegava em Lorena a primeira leva de imigrantes italianos com objetivo de fixar residência em Caninhas e plantar cana para abastecer o Engenho Central de Lorena.

A denominação Caninhas derivou do tipo de cana produzia no local, chamada crinolina, e que era mais fina do que a usualmente plantada na colônia.

De acordo com o Decreto de D. João VI, os imigrantes receberam propriedades territoriais para exploração agrícola mediante um contrato por cada lote recebido, no valor de quatrocentos mil réis, e um prazo de quatro anos para resgatar a dívida.

Somente após o término do contrato que eles poderiam plantar o que quisessem nas suas terras.

Toda a cana plantada era vendida ao Engenho Central de Lorena, no entanto, para a sua subsistência, as famílias plantavam arroz, feijão, batata e verduras.

Canas era mata fechada, não era só plantar, foi preciso desbravar e, por isso, muitos imigrantes não agüentavam e retornavam para Itália, ficando apenas aqueles que eram os mais acostumados com o trabalho duro da lavoura.

Entre as primeiras famílias italianas que chegaram em Canas estão a Ligabo, Marton, Giordani, Bortolacci, Bellini, Sacilotti, Favalli, Guarisse, Ultramari, Albarello, Barsotti e Canitieri; entre as famílias portuguesas, a Andrade e Livramento, e a de origem belga, Bronchaim.

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Com a falência do Engenho Central de Lorena, os colonos foram obrigados a plantar diversos tipos de alimentos, como arroz socado no pilão, além disso, trouxeram produtos e hábitos culinários da Itália, tais como: macarrão, pão feito em casa, vinho e hatugue (bolinho de trigo feito com ovo).

Os italianos faziam festa em homenagem a Santo Antônio a cada 3 meses e, após a missa das oitos horas, serviam café e pão com manteiga para todos os fiéis.

Essa tradição continua até hoje na Igreja de Caninhas, construída em 1904 em homenagem à Santo Antônio.

Mais tarde construíram outra igreja no centro de Canas e a padroeira da cidade passou a ser Nossa Senhora Auxiliadora, cuja festa é comemorada no último domingo do mês de maio, a Festa de Maio.

A colônia italiana de Canas foi uma iniciativa do Barão da Bocaina, comendador Francisco de Paula Vicente de Azevedo, um dos grandes incentivadores desse tipo de núcleos rurais agropecuários do Vale do Paraíba.

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