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O que fazer em Lagoinha (SP): descubra esse destino encantador no interior de São Paulo

O que fazer em Lagoinha (SP): Descubra esse destino encantador no Vale do Paraíba. Conheça a história, as belezas naturais e as atrações turísticas da cidade. Venha se encantar!

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O que fazer em Lagoinha (SP): descubra esse destino encantador no interior de São Paulo

Lagoinha é uma pacata cidade localizada numa região de exuberante beleza entre as Serra do Mar e a Serra da Quebra-Cangalha, a aproximadamente 194 km da capital paulista e a 310Km da capital fluminense.

Com sua história, belezas naturais e alegria de seu povo, é um destino que encanta a todos que a visitam e que vale a pena conhecer. Se você está em busca de tranquilidade, contato com a natureza e um ambiente acolhedor, não deixe de conhecer Lagoinha.

Mas se você quer saber, de verdade, o que fazer em Lagoinha, eu preparei esse guia completo sobre esse destino encantador que eu tenho certeza que você vai adorar conhecer também!

Vou começar contando, resumidamente, um pouquinho da história da cidade, bora!?

História de Lagoinha

A história de Lagoinha começa lá no século XIX, durante a período do café, quando os pousos dos tropeiros que demandavam de Ubatuba no litoral norte para o Vale do Paraíba e sul de Minas Gerais deram origem ao povoado. Sobretudo, o nome da cidade se deve a uma pequena lagoa onde esses tropeiros paravam para descansar e beber água. E ainda, segundo registros históricos, essa lagoa ficaria no local onde hoje é o mercado municipal.

Rancho dos Tropeiros 1840 - Óleo sobre Tela de Eunice Monteiro de BarrosRancho dos Tropeiros 1840 - Pintura óleo sobre tela de Eunice Monteiro de Barros

A fundação da cidade é atribuída à família dos Antocas, que se fixou na região do Alto do Paraíba e fez doação de terras para Nossa Senhora da Conceição.

Assim, surgiram as primeiras casas ao redor de uma capela e, ao longo do tempo, os sobrados dos senhores do café foram se erguendo ao longo da Via Principal.

Atualmente, com uma população estimada de 4.800 habitantes, Lagoinha se destaca no turismo rural e de aventura, elevando a cidade como mais um destino de lazer no interior de São Paulo. Além disso, não posso deixar de falar da importância do turismo religioso para Lagoinha, que agora integra a Rota Turística da Fé, um consórico formado por 11 municípios do Vale do Paraíba unidos pelo desenvolvimento do turismo regional, são eles: Aparecida, Cachoeira Paulista, Canas, Cunha, Guaratinguetá, Lagoinha, Lorena, Piquete, Potim, Roseira e Tremembé.

O que fazer em Lagoinha

Em Lagoinha, você vai encontrar uma boa infraestrutura, com poucas opções claro, afinal é uma pequena cidade, mas que possui supermercados, padaria, pousadas, postos de combustíveis, restaurantes, farmácias e lojas diversas. A maior parte são pequenos negócios, que passaram por gerações e continuam sendo administrados pela própria família, com muita tradição e hospitalidade.

Centro histórico

Uma das coisas para fazer em Lagoinha é visitar o centro histórico, que abriga a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, o casarão da Prefeitura, a Casa Paroquial e a delegacia da cidade.

Algumas das construções ainda mantém suas características originais onde se destaca a técnica de construção usando a taipa de pilão.

Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição | Foto de Marinelson AlmeidaIgreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição | Foto: Marinelson Almeida via Flickr

A igreja erguida em homenagem à padroeira da cidade, Nossa Senhora da Imaculada Conceição, é um dos pontos turísticos mais emblemáticos de Lagoinha e tem importância relevante na fundação da cidade e, mais atualmente, no turismo religioso. Ao redor da igreja, há um jardim com belas rosas e uma Congregação Mariana.

A praça da cidade também é muito bonita, acolhedora, arborizada e conta com vários banquinhos para descanso, típica de uma cidadezinha do interior paulista.

A cidade também possui um mercado municipal, onde é possível encontrar diversos produtos locais.

Turismo religioso

Lagoinha sempre foi um município de forte devoção desde sua fundação e, atualmente, faz parte da Rota Turística da Fé, como já foi dito.

Essa vocação religiosa a colocou na rota de peregrinos e romeiros vindos do litoral e das cidades vizinhas como São Luiz do Paraitinga que seguem em direção à Basílica de Aparecida e ao Santuário de Frei Galvão em Guaratinguetá.

De todos os párocos que passaram pela Igreja Matriz, dois deles se destacaram na evolução e representatividade na cidade.

Por séculos na história da evolução das sociedades, a igreja e seu representante sempre exerceram forte papel social. Lagoinha não foi diferente e um deles, Padre Chico (falecido em 1983), foi relevante na educação da comunidade entre as décadas de 1960 e 1970 conquistando grande carisma da população.

O pároco que sucedeu Padre Chico, o Padre Osmar Barbosa na década de 1980, elevou a cidade ao conhecimento de mais devotos que acreditavam que ele possuia um dom especial, de origem divina.

Pergunte sobre a Dona Dita

Dona Dita acreditava ser assistida por Menina Izildinha, uma menina nascida em Portugal em 1897 e falecida com apenas 13 anos vitima de leucemia.

Dona Dita teria recortado um pedaço de jornal com a notícia sobre o corpo intacto após 39 anos da morte da Menina Izildinha e, após este evento, a Menina Izildinha já com a fama de santidade em Portugal, também teria se manifestado de alguns formas para Dona Dita. Padre Osmar Barbosa foi uma das pessoas que testemunharam os sinais da menina.

A cerimônia especial de sábado de aleluia

Lagoinha também é conhecida por uma cerimônia especial que acontece todo sábado de aleluia na igreja matriz. Durante essa cerimônia, é possível beijar a imagem de Cristo e levar uma flor para casa. É um momento de muita devoção e fé, que atrai muitos fiéis e turistas.

O requeijão de prato

Uma das coisas que você não pode deixar de fazer em Lagoinha é saborear o requeijão de prato.

Patrimônio Cultural Imaterial de Lagoinha, o requeijão de prato é um dos acompanhamentos mais tradicionais do café da manhã do Lagoinhense.

Corte do Requeijão de PratoDetalhe do corte do requeijão de prato. | Foto: divulgação

Diferentemente do requeijão cremoso, que foi industrializado com o passar dos tempos, o de corte ou de prato, possui uma consistência mais firme e um sabor incomparável que acompanha bem um cafezinho. Experimente, senão não terá passado por Lagoinha!

Você encontra esta iguaria na Padaria Pires.

  • Endereço: Praça Pedro Alves Ferreira, 77 - Centro
  • Telefone: (12) 3647-1425
  • Whatsapp: (12) 99760-4755

Alambique Beija Uva

Produzida na Fazenda Beija Uva, a Cachaça Beija Uva é referência em qualidade e no aproveitamento da cana para a produção não só da cachaça mas de vários produtos oriundos dela, como o melado, a rapadura, a vinhaça que serve de adubo e, finalmente, a aguardente genuinamente brasileira, que atrai compradores e apreciadores da bebida, que vêm de longe em busca de suas garrafas.

Moagem da cana para preparo da cachaçaProdução da Cachaça Beija Uva desde moagem para a retirada da garapa, passando pela queima do bagaço da cana até o engarrafamento. | Foto: triprural.org.br

Visitar o Alambique Beija Uva é convite para conhecer o processo de destilação desde a moagem para a retirada da garapa, passando pela queima do bagaço da cana até o engarrafamento. Além disso, você pode ver o maquinário, caldeiras, destiladores, resfriadores e tonéis antigos de madeira rara que pouquíssimas propriedades possuem.

Além da cachaça branca e a envelhecida no tonel de carvalho que tem notas de baunilha e frutas secas, a Fazenda Beija Uva produz uma segunda qualidade da bebida envelhecida por um período ainda maior num tonel de amburana que lhe dá toque aveludado e notas de mel, canela e especiarias.

O Alambique Beija Uva tem fácil acesso e localização, com sinal para celular, internet e ótima receptividade.

  • Endereço: Fazenda Beija Uva, s/n – Bairro Brejauva.
  • Funcionamento: 8h às 18h, de segunda a sábado.
  • Formas de pagamento: somente em dinheiro.
  • Contato: (12) 99711-7897

Estância Córrego da Onça

Localizada no alto das montanhas de Lagoinha, a Estância Córrego da Onça recebe grupos em peregrinação o ano todo, de todos os tamanhos e dos mais variados públicos desde casais, famílias, grupo de amigos até tropas de cavaleiros.

O antigo casarão rústico no meio da floresta e o bar Amigo da Onça, um barracão de sape, dão apoio e hospedagem aos viajantes que necessitam de um pernoite para montar o acampamento e descansar os animais para depois seguirem viagem.

Que tal um café da manhã com essa vista?Uma bela vista para apreciar um café da manhã da roça. | Foto: divulgação

No local, ainda é servida uma comida caipira com ingredientes do próprio sítio e de propriedades vizinhas.

Para grupos e famílias que buscam atividades ao ar livre, a Estância Córrego da Onça ainda proporciona trilhas dentro da mata e banhos nos rios e cachoeiras da propriedade.

Hospedando-se na Estância Córrego da Onça você poderá apreciar o café da manhã na varanda com uma das vistas mais belas de Lagoinha.

Não pense que é só isso, você ainda pode comprar um café especial 100% produzido no sítio e mel silvestre retirados à partir de ninhos formados dentro de cupinzeiros abandonados. Mas atenção: leve dinheiro.

  • Endereço: Serra do Embira, Lagoinha/SP
  • Telefone: (12) 99630-0968

Cachoeira Grande

Esse recanto ecológico é uma propriedade particular e familiar com mais de 20 mil metros quadrados dentro de uma área de preservação com mata nativa, animais e infraestrutura completa para se passar o dia. Por conta de sua beleza, a cascata também já foi cenário para o filme “O Grande Xerife”, 1972, de Mazzaropi.

Mesa repleta de petiscos e bebidas com a Cachoeira Grande ao fundoVista do restaurante da Cachoeira Grande | Foto: divulgação

A Cachoeira Grande, principal atrativo turístico de natureza e local de lazer da população, já foi cenário de vários filmes de Mazzaropi e de propagandas comerciais.

O local recebe grande número de visitantes e é um ponto de encontro e descontração de jovens, amigos e famílias. Para não causar impactos negativos a Cachoeira Grande limita a número máximo de visitantes. Portanto, se chegar muito tarde pode ser que não consiga conhecer o local. Programe-se com antecedência principalmente nos finais de semana. 

O estacionamento é gratuito e são aceitos cartões de crédito e de débito.

Para visitas em grupo ou excursões é necessário agendamento prévio através do e-mail [email protected]

Restaurante e Petiscaria Cachoeira Grande

O restaurante funciona aos finais de semana das 11h às 16h, no sistema a la carte, e oferece um cardápio com opções como, contra-filé, filé mignon a parmegiana, filé de frango, tilápia ou a deliciosa truta grelhada. Já na petiscaria, que funciona da 09h30 às 16h, a pizza e a batata frita com queijo são os grandes destaques, mas também serve refeições leves como saladas, lanches, salgados, sucos, água e entre outros.


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  • Endereço: Rodovia Nelson Ferreira Pinto (SP-153; estrada São Luiz do Paraitinga - Lagoinha), km18,5 - Bairro do Faxinal
  • Telefones: (12) 99602-6802 / (12) 99623-4388
  • Site: www.cachoeiragrandelagoinha.com

Bar do Paulão

O Bar do Paulão é um daqueles lugares simples, com mesa de sinuca, bancos e mesas de madeira rústica e banquinhos improvisados feitos de toco de árvores, mas que conquista todo tipo de público, desde os mais estilosos, até o mais descolados e mais humildes.

Entrada do Bar do PaulãoBar do Paulão | Foto: triprural.org.br

Pela hospitalidade do Paulão e ambiente descontraído é que todos escolhem o seu bar para as celebrações da comunidade. O bingo para arrecadação de fundos para a Igrejinha de Santa Rita e a Festa Julina acontecem aqui.

Pra falar com Paulão é difícil, pois não há bom sinal de telefonia no local, por isso tente ligar várias vezes ao dia no número (12) 99729-7377.

Caso queira fazer um passeio à cavalo pela região, contate o Sape (12) 99712-6601, cavaleiro desde a infância e hoje proprietário, domador e tratador de animais.

Se o seu interesse for levar grupos e excursões aí é melhor falar com o Hery Gaya (12) 99630-0968, da Estância Córrego da Onça, ou Talles Santos (12) 99723-6585.

Onde se hospedar em Lagoinha?

Para aproveitar melhor seu passeio e vivenviar os costumes locais, nada melhor do que ficar hospedado numa pousadinha familiar bem no centro da cidade, ao lado da pracinha central onde acontecem eventos e festividades na cidade.

Nesse caso, recomendo a Pousada Pires, uma das mais tradicionais da cidade e que ainda fica no mesmo prédio da Padaria Pires, já mencionada anteriormente.

A pousada atende aos peregrinos e romeiros que cruzam Lagoinha a caminho dos destinos sagrados de Aparecida e Guaratinguetá.

Café da manhã na Pousada Pires incluso na diária | Foto: Divulgação

Da varanda, você tem vista da Praça Pedro Alves Ferreira e seus principais monumentos antigos, como a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, além das festividades que acontecem na praça.

A Pousada Pires oferece 12 suítes entre single, duplo, triplo que acomodam até 30 hóspedes em camas. Os quartos dispõem de ventilador de teto e TV e outras ainda oferecem frigobar. A estadia contempla o café da manhã.

Fachada da Pousada PiresFachada da Pousada Pires. A Padaria Pires fica no térreo.

Pousada Pires aceita pagamento em dinheiro ou cartão de débito, crianças até 5 anos não pagam e de 6 a 12 anos pagam meia diária. O check-in é a partir das 14h e o check-out até as 12h.


Como chegar a Lagoinha?

Lagoinha é uma cidade situada entre o mar de morros da Serra da Quebra-Cangalha. Seu único acesso é pela Rodovia Nelsom Ferreira Pinto (SP-153). Independentemente, de onde você esteja vindo você precisa chegar até o acesso a essa Rodovia se quiser chegar à Lagoinha. Por isso, separei algumas opções dependendo de onde você está vindo:

Pela Rodovia Presidente Dutra (BR-116)

Em Guaratinguetá, acesse a Rodovia Paulo Virgílio (SP-171), que liga Guaratinguetá a Cunha, e siga até a rotatória de acesso a Lagoinha. Em seguida, acesse a Rodovia Nelsom Ferreira Pinto (SP-153).

Em Taubaté, acesse a Rodovia Oswaldo Cruz (SP-125), que liga Taubaté a Ubatuba, e siga até a rotatória de acesso a Lagoinha. Em seguida, acesse a Rodovia Nelsom Ferreira Pinto (SP-153).

Pela Rodovia Rio-Santos (BR-101)

Em Paraty/RJ, acesse a Rodovia Paraty-Cunha (RJ-165). Você vai passar por Cunha/SP e continuar seguindo até a rotatória de acesso a Lagoinha. Em seguida, acesse a Rodovia Nelsom Ferreira Pinto (SP-153).

A Rodovia Paraty-Cunha (RJ-165) é a mesma estrada que liga Guaratinguetá a Cunha, depois de passar a fronteira estadual, ela passa a se chamar Rodovia Paulo Virgílio (SP-171).

Em Ubatuba, acesse a Rodovia Oswaldo Cruz (SP-125), que liga Ubatuba a Taubaté, e siga até a rotatória de acesso a Lagoinha. Em seguida, acesse a Rodovia Nelsom Ferreira Pinto (SP-153).

De ônibus

Você também pode fazer a viagem de ônibus partindo de Taubaté, pela Viação São José.

Aliás, essa foi a única empresa de ônibus que encontrei e que faz a linha Taubaté-Lagoinha. Mas se você conhece alguma outra empresa de ônibus que faça outro trajeto até Lagoinha, manda aqui pra gente atualizar a matéria.

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Sobre o autor

Meu nome é Rogério Golob, sou criador do site Guia Vale do Paraíba. Sou apaixonado por natureza, fotografia e vídeos, e gosto de compartilhar minhas experiências e dicas dos lugares que visito. Minha missão com este projeto é inspirar outros viajantes a explorarem diferentes lugares da região.


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